sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Máquina de fazer robozinhos

É impressionante como somos criados numa mesma forma que nos molda a seguir padrões ridículos.
Na nossa infância ninguém nos pergunta o que a gente acha que deve estudar, somos simplesmente jogados na escola onde aprendemos coisas que sabemos que nunca nos servirá pra nada. E os professores sempre dizem que um dia precisaremos disso e quando nos tornarmos adultos nós iremos ver o quanto aquilo é importante. É deprimente crescer e ver que a criança estava certa.
Fico pensando como alguém que gosta ou tem alguma vocação pra desenhar iria longe se seus estudos na escola tivessem mais foco na pintura ao invés de ter o dobro do tempo com aulas de física. Ou quem sabe aquele que gosta de cantar ou tocar algum instrumento e, espera aí, escola pública nem tem aula de música ou canto... pelo menos aqui.
Não existe nenhuma forma de ensino que nos impulsione a encontrar uma verdadeira vocação, algo que desenvolvemos bem, ninguém se importa em nos questionar enquanto há tempo sobre o que nós vamos nos dedicar nas nossas vidas. Então nos jogam com um monte de pessoas com a mesma história, ou relativamente parecida, e somos levados ao dia que refletimos sobre isso e pensamos em como tudo poderia ter sido diferente se algum incentivo decisivo nas nossas vidas tivesse sido aplicado.
Infelizmente quando chega a esse ponto fica muito difícil reverter a situação, nós nos vemos no meio do caminho e são poucos os que tem força de vontade e determinação suficiente pra dar a volta e começar tudo de novo de uma forma que acredite (sem certeza) que valha a pena.
E assim nos tornamos todos iguais. Podemos ser diferentes nos pensamentos, nos empregos, na forma que levamos nossas vidas, mas no fundo, aquela fagulha de singularidade que cada um tem dentro de si já foi afetada, aquele talento único já não é mais o mesmo.
Dessa forma vamos vivendo nossos dias nesse mundo cada vez mais escasso de artistas plásticos, compositores talentosos, poetas geniais e outras pessoas que possam chegar no fim da sua vida e dizer que mudaram a vida de milhares de pessoas.

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