sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Fantasia
Deitamos em todos os sofás da casa e na rede, o dia estava claro com um sol que não queima e um céu que nos dá sono, assim como têm sido os dias que me lembram você e que me trazem alguma felicidade que não sei explicar.
Não me lembro de palavras, talvez porque não precisamos delas pra sustentar nosso sentimento, já tivemos uma longa prova disso.
O resto não sei explicar, porque acordei como se a realidade ainda fosse um sonho. Foi bom te ver de novo.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Dúvidas e Depressão
Os motivos disso nunca importam, já que eles sempre mudam de acordo com o tempo e o sentimento geralmente é o mesmo, a dor é a mesma. As ideias também mudam, de acordo com que vou sofrendo vou aprendendo a lidar com isso, e aos poucos vou encontrando soluções.
Cansei de escrever. :\
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Feliz aniversário!
Geralmente acontece algo muito ruim nos dias que antecedem ou mesmo no dia do meu aniversário, seja alguma doença, bulling escolar, coração partido. Sempre tem algo que me lembra de que o dia 22 de setembro não é um dia pra se comemorar. Desta vez não aconteceu nada até agora, exceto uma saudade e um pouco de abstinência, mas isso é corriqueiro demais pra eu culpar esse dia.
Ah, e não sei receber nem dar parabéns, odeio receber parabéns, principalmente pessoalmente. Acho tosco, fico sem saber o que fazer e sem jeito, nem os presentes fazem muita diferença, mesmo quando gosto deles.
O pior de tudo é esperar que tipo aconteça algo muito legal, muito especial no dia do meu aniversário para que eu de fato tenha algo no que me alegrar neste dia, e no final do dia ver que nada de excepcional aconteceu, aí vem a frustração habitual ou então teimar em esperar receber parabéns daquela pessoa que eu sei que não vai lembrar do meu aniversário (lembrou -q), o único parabéns que talvez fizesse alguma diferença hoje e que não recebi. Tem tantos dias na vida da gente que merece uma comemoração, ora, o dia que a gente nasce é um deles, mas no dia que a gente nasce, 21 anos depois desse dia não vai fazer diferença alguma, 21 anos depois não marca mais o nascimento, marca um ano mais perto da morte. Por falar nisso ultimamente eu estou com medo de morrer, não de morrer exatamente, mas de morrer sem ter vivido direito, sem ter feito o que tenho que fazer nessa porra de vida, sem ter constituído uma família, dado qualidade de vida à ela graças ao suor do meu rosto e envelhecer ao lado da família que constitui até saber que eles continuarão bem sem mim, esse é meu objetivo e tenho medo de morrer sem chegar perto de concluí-lo. Antes eu não temia por isso porque estava tudo normal, de acordo com os outros, mas a medida que o tempo passa e eu vou vendo amigos que não vejo há muito tempo casados, com filhos... me dá medo.
Enfim, não tô mais a fim de escrever sobre isso e nem muito a fim desse blog, conto nos dedos o que me interessa e me empolga ultimamente.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Qualquer coisa rápida sobre a rotina
Por volta de um mês de férias na faculdade, férias demoradas inclusive, já que não fiquei fazendo as contas de quantos dias faltam pra acabar as férias - fiquei sabendo que as férias acabaram hoje.
E o que encontro em meu regresso? A mesma situação de um mês atrás, MAS COMO ASSIM? É estranho como a gente finge que espera encontrar as coisas depois de passar certo tempo "afastado" de tudo isso, "Ah, meu dia foi uma bosta, eu tô achando que hoje na faculdade vai ser uma bosta também, mas sempre que penso que algo vai ser ruim, acaba sendo bom...". NÃO! Foi ruim de fato, tira isso da cabeça, Paulo!
E o pior é que nem ruim a coisa conseguiu ser, foi pior do que ruim, foi... monótono. Igual. E é tenso saber que amanhã vai ser a mesma coisa de novo, aí vem aquela idiotice na cabeça de novo "Ah, eu acho que amanhã vai ser mais um dia igual, então é provável que aconteça algo diferente". NÃO VAI! E quando acontece algo diferente, é algo diferente chato, não algo diferente legal. Não sei se ando vendo filminhos idiotas demais, ou se essa mentalidade burra de que "vai acabar tudo bem" vem de mim mesmo, ou se todo ser humano é assim, sempre esperando a luz do fim do túnel. Notei que já faz alguns anos que espero por essa luz, mas ela só pisca.
Mais nada por hoje, só um desabafo. E ainda tenho oito minutos pra esperar alguém que eu possa dizer "eu te amo".
domingo, 18 de julho de 2010
O tédio é o que nos move!
Acho que a maioria das coisas que a gente tem que fazer sob pressão acaba saindo um pouco mal feita, porque você está lá fazendo o que tem que fazer (e que não queria fazer) enquanto pensa em tantas outras coisas que poderia estar fazendo, e que pretende fazer quando acabar aquilo. Acaba meio que instantaneamente surgindo um pouco de pressa dentro de você, logo, há mais chances de sair algo errado. O tédio só nasce quando você já fez tudo o que tinha que fazer no seu dia, devido ao seu ritmo, você gostaria de ter algo mais pra fazer, que lhe faça passar o tempo, aí se você lembra de algo, faz sem pressa, sem pensar em mais nada, porque sabe que depois que fizer aquilo, não terá mais nada pra fazer, logo, você faz aquilo direito.
Texto curto e sem graça de alguém que sentiu vontade de tentar fazer justiça ao seu amiguinho Tédio, o sentimento mais injustiçado do mundo. Dê valor ao seu tédio de estimação, ele gosta de você e só quer seu bem.
Agora que terminei de escrever voltarei até ele...
terça-feira, 13 de julho de 2010
EU ODEIO TELEVISÃO
Eu não tenho TV a cabo, aqui o que comanda como em outras 99% de casas é a TV Globo, ok. Vou tentar especular o que eu poderia assistir na Globo, tendo em vista meu horário de disponibilidade no momento, que seria das 17:00 às 23:00, já que estou de férias da faculdade:
Segundai-Feira: Malhação - Não sei se preciso me prolongar muito sobre isso, né? Desligo a TV na música de abertura. Me dá nojo, e olha que eu acompanhava malhação, faz tempo, acho que até os anos 2000 eu assistia bastante, não me lembro bem. Mas sei lá sabe... você ver a mesma histórinha todo ano, mudando apenas os personagens, enjoa.
Novela das 6, 7 e 8 - Aqui falo de todas elas de uma vez pra não perder tempo, já que é praticamente a mesma coisa, só muda o horário. As novelas da 6 e 7 basicamente sempre iguais, o que muda é que quase sempre a das 6 é voltada ao passado. A das 8 já é mais bem pensada, voltada ao público adulto. Independente disso, TODAS as novelas me dão agonia. Toda hora aparece algum assunto, alguma cena tensa, de sofrimento, de traição, isso me dá muita agonia, me faz mal mesmo. Eu não consigo ver nenhuma novela, não importa se for boa (se é que existe novela boa) ou não, eu de fato não suporto.
Jornal Nacional - Notícias, legal. Eu gosto. Mas não assisto, porque acho mais prático clicar em qualquer site e escolher a notícia que me chame a atenção do que ficar esperando o jornal todo passar pra ver a notícia tão esperada (que muito inteligentemente é deixada pro final de propósito, óbvio).
Tela Quente - Tá aí uma das raras exceções, lá de vez em quando passa um filme mais ou menos e eu vejo, da-lhe tédio.
Depois disso não sei o que passa, porque tenho que dormir.
Terça: Acho que só muda de Tela Quente pra Casseta e Planeta, né?
Falando nisso, CARALHO, ALGUÉM CONSEGUE VER GRAÇA NAQUILO?! É engraçado como funciona o cérebro da gente, antes de existir CQC eu achava aquilo o máximo, era o programa de humor mais foda do mundo, aí vi CQC algumas vezes e certa vez inventei de ver Casseta e Planeta de novo, foi realmente decepcionante, não foi nada forçado, eu inclusive estranhei eu não ter visto graça nenhuma, já que sempre gostei, enfim... eu só ria de palhaço quando é criança.
Quarta: Futebol - Aí sim, eu vejo. Eu gosto de futebol, apesar de em algumas transmissões a gente ter que ouvir alguma quantidade de merda, mas eu vejo.
Quinta: A Grande Família - Nunca descobri se é um programa humorístico ou um seriado, dizem que é de humor...
Sexta: Globo Repórter - Numa semana fala sobre obesidade, na outra sobre lugares exóticos e animais estranhos. Quando passa a segunda opção, eu vejo.
SÁBADO E DOMINGO ESTÃO FORA DE QUALQUER COGITAÇÃO! :)
Tem os outros canais, mas eu não vou fazer uma lista de todos eles, vou citar só os que eu me lembro:
Tem Pânico na TV, confesso que nunca assisti, aqui em casa não pega. Mas pelo o que já vi de vídeos na internet e pelo o que falam, não é muito minha cara.
Tem CQC, é como eu disse sobre o Casseta e Planeta, antes de ver CQC, Casseta e Planeta era o máximo. Eu gosto de CQC, por enquanto...
Aí tem mais um zilhão de programas que eu não vou lembrar e nem tô a fim de escrever, meu conceito sobre assistir alguma coisa é ver Doug na cultura enquanto como alguma coisa, ah sim, não consigo comer algo sem estar vendo a TV, então eu também vejo o mini noticiário da hora do almoço também. De resto, eu baixo episódios do Snoopy (QUEM TIVER ALGUM LINK COM EPISÓDIOS ME MANDE POR FAVOR, SÓ CONSEGUI BAIXAR DEZ T_T) e só. No geral, tenho medo de Televisão, não consigo ver por muito tempo qualquer programa, e agora penso se só eu sou dessa forma, porque até agora, além de mim só minha mãe não vê TV, o resto das pessoas que conheço parecem zumbis.
domingo, 11 de julho de 2010
Algumas músicas
The Rain Song - Led Zeppelin
Tradução:
Metal Contra as Nuvens - Legião Urbana
Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.
II
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão...
III
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
IV
- Tudo passa, tudo passará...
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.
-
Rainbow Eyes - Rainbow
Tradução:
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Baladas
Tu vai lá, pega mais de 8000 pessoas, mas quando chega em casa, você continua sozinho. Não falta algo? Não falta sentimento? Não fica um vazio? Aí tu me diz: "Ah, mas lá posso arrumar uma namorada". Ah meu, na boa, se é pra namorar, a balada seria o último lugar onde eu procuraria alguém. Nunca ia conseguir ter plena confiança em uma garota que vai de mini-saia e ficar rebolando até o chão pegando 300 caras, aí chega tua vez na fila, e aí querer algo de mais sério com uma pessoa assim? Er...
Tem também aqueles que vão em baladas justamente por não querer namorar, pra mim isso é puro medo de se machucar, e eu até concordo. Hoje em dia tá cada vez mais difícil achar alguém que dê certo, que seja fiel. Aliás, muitas vezes essa fidelidade se quebra justamente dentro de uma balada, a pessoa que gosta de curtição dificilmente vai largar disso por sua causa.
Fora o ambiente, aquele monte de gente junta, aquele barulho infernal de música ruim, aquele monte de nego enchendo a cara só pra ter coragem de "chegar" em alguém, por falar em bebida, faz um tempo que me disseram uma coisa que me fez rir: "Pra ser homem tem que beber" (algo assim, foi tão relevante pra mim que nem lembro ao certo). MEU DEUS AAAAAAAAAAAA! E o pior de tudo é que quem me disse isso foi uma GAROTA! SIM, UMA GAROTA! PORRA, OS MESMOS "HOMENS" QUE ENCHEM A CARA PRA TE DAR UNS PEGAS SÃO OS MESMOS QUE VÃO CHEGAR BÊBADOS NA TUA CASA E TE DAR UNS TAPAS, SUA MULA! Coincidência ou não, pouco tempo depois ela veio mimimizar pra mim dizendo que o peguete bêbado dela e ela tinham brigado, curioso, não?
De fato eu não vejo graça em noitadas, nem em bebidas que mudam drasticamente seu modo de agir, nem em vadias machistas. Devo ser diferente do resto do mundo, acho que de tudo que falei nesse post, todo mundo que ler deve discordar de algum ponto que citei... espero que não me matem pelo o que escrevi. D:
Mas quero mais é que se foda. '-'
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Ah, a internet...
Fiz meu orkut em 2006, desde então notei que minha vida social se retraiu. Não por viciar em jogos nem por ficar a noite toda vendo pornografia, mas justamente por conhecer pessoas. Sites de redes sociais me fez ver que tem muita gente mais legal que aquele coleguinha de sala que mais me enche o saco do que tem uma conversa bacana. Então ocorre uma troca inconsciente.
A vida"social-virtual" é muito mais fácil de manejar do que a verdadeira vida social, na vida real, quando surge um assunto desconhecido, ou eu balanço a cabeça ou falo algo que não sei. Na internet tenho TEMPO pra pensar e assim escrever, ou realmente, se achar necessário, ficar calado. Eu só falo merda se for muito burro mesmo ou se quiser, qualquer informação sobre algo que eu não conheço é facilmente encontrada antes de dar minha opinião. Acho que isso me faz ficar bem mais "cool", o que por consequência, atrai mais pessoas pra "perto" de mim, isso aumenta minha auto-estima e também por consequência, me mostra que sou mais bem sucedido na vida virtual do que na real. Aí caio de cabeça nesse mundo, ele é bem mais cômodo.
Fui ficando mais calado, apesar de continuar gostando e tratando normal os meus amigos reais, mas o tempo passa, as pessoas passam, novas pessoas surgem, aí que vem o problema. Já estou retraído onde tenho amigos, que no caso é a internet, estou seguro aqui, pra que passar por um risco de conhecer pessoas idiotas de novo, fora as zuações, e tudo mais? É bem mais fácil ficar na minha, não?
Isso de fato, me faz demorar o dobro do tempo pra fazer novas amizades. E quando faço, vejo que minha tese sobre pessoas idiotas e zuações fazia sentido.
E ainda tem os romances virtuais, coisa que tá cada vez mais comum hoje em dia. Algumas das pessoas super legais da internet fatalmente será do sexo oposto, surge uma conversa bem legal, a conversa começa a durar várias horas por dia, e quando vejo, NÃO DÁ MAIS PRA FUGIR, estou apaixonado. Mesmo sabendo que a distância faz a coisa ficar praticamente impossível não dá pra recuar, o coração não deixa, ainda mais quando tu olha na sua real life e só vê piriguéti sem cérebro, a pessoa da internet se torna a "alma gêmea", mesmo que não seja. Por mais liberdade de ir e vir que haja, é complicado manter um relacionamento a distância, mesmo tendo contato, que seja uma vez por mês, sei lá. Os custos aumentam, fora a pressão da família, e o fato de você querer estar mais tempo com a pessoa e não poder, não poder mudar de vida ou de cidade pra estar junto, tudo impede, tudo atrapalha, tudo faz dar tudo errado. E geralmente dá tudo errado mesmo, se você está perto de passar por isso CAIA FORA, digo por experiência própria de quem viu e sentiu na pele o que é uma decepção amorosa por alguém que conheceu pela internet, dói bastante, mais até do que algo real, passei por um caso que não terminou por traição, quase que não teve motivo algum, talvez simplesmente porque "era impossível", aí fica aquele sentimento de "injustiça" dentro, que era pra ter dado certo, se não fosse a distância, então a saudade nunca vai embora...
Acho que a internet tem vários pontos bons sim, a questão é sempre dar prioridade pra sua vida real, por seus amigos reais, mesmo que não sejam quem você quer que estejam com você, mas querendo ou não, são eles quem estão perto de você. A vida não cabe dentro de uma tela.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Medo de dormir
Do outro lado dessa visão que me abriga está toda uma rotina que eu tento fugir todos os dias, quando transpasso a coberta me deparo com um outro dia, igual ao que passou, àquele que ontem quis esquecer, a manhã me aflige, pois sei que será tudo igual, de novo.
Então, espero (como todas as noites) algo milagrosamente bom acontecer (engraçado como não tenho essa "esperança" durante o dia), algo que faça tudo que passei até aqui ter valido a pena, todas as vezes que ouvi calado e fui obrigado a aceitar, todos os amores que dilaceraram meu coração tantas vezes, todas as injustiças que não posso transformar em justiça por minhas próprias mãos.
É uma pena que todas essas noites eu tenha esperado em vão, esperei o nada por longos dias. Bom... já passou da hora, boa noite.
domingo, 4 de julho de 2010
"Viva a Sociedade Alternativa"
Tomar banho de chapéu
Ou esperar Papai Noel
Ou discutir Carlos Gardel
Então vá!
Faz o que tu queres
Pois é tudo
Da Lei! Da Lei!"
Tá aí uma música que não viu o tempo passar, continua atual. Música dos tempos de ditadura militar, onde liberdade de expressão era lenda, hoje em dia, a sociedade ainda lhe impõe milhares de limites, que te seguram, te impedem de ser você mesmo.
Tu tem cabelo liso, quer deixar ele crescer um pouco? Ok, você é emo (não precisa nem de chapinha, se for liso natural será emo do mesmo jeito).
Tá, então vamos tentar de outra forma, você quer mudar de estilo, coloca alguma roupa com alguma cor mais chamativa. Agora você é um colorido, mas muitos ainda vão te chamar de emo por falta de informação de gente que está por fora da moda social, puta falta de sacanagem! Bando de desinformados!
Então esquece, sou uma pessoa que não gosta de ser rotulada, vou então, sei lá... me vestir de preto? Beleza, vá lá, gótico.
Toda forma visual de você tentar ser ÚNICO acaba entrando numa forma de panela suja onde você é taxado logo de cara como alguém exatamente como outros MILHARES, que muitas vezes você não quer nem pensar em ser COGITADA a hipótese de tal comparação, o que faz, você continuar sendo mais um na multidão.
- Ah, mas isso é coisa de quem quer aparecer!
É sim, concordo. Não falo isso por mim, gosto de ser mais um na multidão, longe de mim ser o centro das atenções. Mas ainda assim acho escroto pessoas receberem rótulo precocemente apenas pelo visual, e também não culpo quem coloca esses rótulos. Afinal, acaba ficando estampado que cabelo liso é emo, excesso de cor é colorice e falta de cor é coisa de gótico. Essas "tribos" fizeram cortes de cabelo e vestimentas muitas vezes comuns se tornarem moda, algo SÓ DELES. Ora, se querem ser todos iguais, que usem uniforme.
Isso é só o ponto mais gritante na nossa sociedade, só a ponta do iceberg. Tem tanta coisa muito menor, de menor expressão, que você também deixa de fazer porque a sociedade te priva disso.
- Qual é a raiz quadrada de 35463465456468?
*pensamento* - Porra, eu sei a resposta, mas ah, não vou falar nada, vão rir de mim.
Que nunca passou por isso? Ok, esqueçam a pergunta da raiz quadrada, mas aposto que já passaram por isso com alguma outra pergunta.
- Não aguento mais esse emprego, vou pedir demissão e jogar umas boas verdades na cara daquele chefe ordinário. Mas se fizer isso estarei desempregado, sendo que preciso da grana e ainda me sujarei caso queria algum outro emprego decente, então deixa...
É quase como uma ditadura invisível, claro que, naquela época as coisas eram muito mais agudas, não quero comparar, só quero mostrar que ainda estamos longe de sermos nós mesmos perante os outros, por mais que você seja super extrovertido, desinibido, sempre haverá um lugar onde o muro te barra, aí as pessoas vão deixar de conhecer um pedaço teu.
Pessoas diferentes são parecidas.
É, não é. Parece óbvio, se você pensar em quanta gente tem ao seu redor, acontece que, se você olhar ao seu redor você vai ter certeza de que só você é assim. Pessoas tímidas, solitárias, muitas vezes deprimidas não são muito comuns de se encontrar num mundo onde cada vez mais o que importa é sair pra balada pegar geral, enquanto ouve a música que tá no Top 10.
Falando da "Real Life", eu não encontro pessoas parecidas comigo e olha que vejo bastante gente até, seja nas ruas, seja na faculdade. Eu observo muito as pessoas, e os assuntos delas, os objetivos delas, os ideais, são sempre diferentes dos meus, em todos os sentidos.
Geralmente não preciso de muito tempo pra perder o interesse numa conversa:
- Que programa de TV você curte?
- Zorra Total.
-_-
Ou então:
- Oi, você ouve o que?
- Ain, Lady Gaga.
-_-
Perdoem-me fãs, se você curte uma dessas coisas aconselho a parar de ler agora. Continuando...
Você é o que você assiste, o que você ouve, o que você lê (se é que você lê), pessoas que curtem Lady Gaga, Justin Bieber, Restart (Aí foram lançadas mais duas modinhas, se tu curte isso PARE DE LER) geralmente tem assuntos desinteressantes, entediantes, são aqueles que mudam seu jeito de ser de acordo com a moda cotidiana, saum akelis ki iscrevim asin nu msn, são aqueles que você pode passar uma vida toda do lado (DEUS ME LIVRE) e nunca terá interesse em parar pra conversar o dia todo, aqueles que você nunca vai se apaixonar... Bato nessa tecla de música porque até agora não houve nada que provasse que estou errado.
Vejam isso:
http://oh-justin.com/wp/2010/06/24/fa-de-justin-bieber-se-suicida/
Me corrijam se estiver errado, mas eu nunca fiquei sabendo de alguma fã de Renato Russo, por exemplo, ter se suicidado porque o Renato "não dava bola pra ela", sabe por quê? Porque ele não era admirado por sua beleza, era admirado por sua MÚSICA, o que, pela lógica, deveriam ser tratados todos os músicos (se é que se pode chamar Justin Bieber de músico). O que mais me irrita nisso é ler algo como: "ele (Justin) te ama e dá valor a cada fã que ele tem."
NÃO, ELE NÃO AMA. São frases como essa que causam esperança e milhares de pessoas de mente fraca e que acaba resultando na notícia do link. Falam de amor como se fosse algo tão corriqueiro, como se fosse um sentimento banal. Amor não é uma palavra a ser lançada ao vento desse jeito.
Mas, ok. Chega de meter o pau no Justin.
Felizmente (ou infelizmente) na internet eu encontrei pessoas diferentes dessa massa crua, entrei em algumas comunidades do Orkut, não muito grandes, que continham mensagens nas quais em me identificava, todas pessoas que eu via postando tinha realmente algo pra falar, pra transmitir, tinha um gosto musical muito parecido com o meu (e não falo de comunidades de bandas), algumas até eram como se me visse no espelho. Aí me surge a agonia: Cadê essas pessoas nas ruas? Tá certo que sou tímido, mas virtualidade o tempo todo não é pra mim, você não tem paisagens, sons, cheiros. É só letra e imagem, nada é real além do que se sente, é puro e angustiante ao mesmo tempo essa sensação. Tenho medo disso.
Olá, meu nome é Paulo.
Nunca tive um blog, não faço a menor ideia de como funcione a interface dele, nem como é essa comunidade de "blogueiros", já que, também não sou muito de ler blogs. Então perdoem qualquer falta de habilidade minha em lidar com tudo isso. u_u
A ideia a princípio é escrever o que me der na telha, me expressar, matar meu tédio, me sentir bem fazendo isso. E espero fazer isto de forma que agrade as pessoas que estejam lendo isso tudo. Espero que gostem e que eu tenha algo pra escrever e não deixe essa porra de lado para sempre. '-'